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Foi realizada a estimativa de aterro superfaturado no local onde se detectou o movimento de
terra. Para essa estimativa foi empregado o software GE Path for Windows, com a realização dos
polígonos que representam a região medida/faturada pela empresa construtora e a região onde foi
detectada a movimentação de terra através da imagem de satélite. A partir do levantamento das
superfícies, utilizou-se a profundidade média de aterro levantado a partir dos dados fornecidos pela
empresa e estimou-se o valor de aterro realizado. Levantaram-se as duas situações: superfaturamento
no trecho onde foi realizado o aterro e adiantamento de pagamentos no trecho onde não se constatou
movimentação de terra. O resultado é apresentado na figura 11.
Figura 11 – Apresenta as duas situações detectadas no aterro do Bairro Y (superfaturamento e adiantamento de pagamentos)
A primeira figura mostra a região onde ocorreram indícios de superfaturamento e as estimativas de
quantitativos superfaturados e o correspondente valor financeiro. A segunda figura ilustra a região onde
ocorreu o adiantamento de pagamentos, com a estimativa de quantitativos e o valor financeiro do achado.
Através do uso de imagens do satélite sino-brasileiro (CBERS-II) e com uso dos softwares Google
Earth e GDAL Tiles for Windows, foi possível avaliar a situação da obra em fase posterior (quatro meses
depois no mês de março/2010), permitindo estabelecer o estado da obra em dois momentos distintos.
No bairro Y verificou-se que a obra atingiu todos os trechos estabelecidos no projeto, porém o aterro não
corresponde ao modelo elaborado a partir das seções transversais. No bairro X não ocorreram mudanças
visíveis na região com aterro. As imagens são apresentadas na figura 12.
Figura 12 – Imagens do satélite CBERS dos Bairros Y e X na data de março de 2010. Verifica-se que no bairro Y houve avanço da obra.
No bairro X não houve mudanças significativas em relação à imagem de novembro de 2009.
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