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Nos meses de fevereiro, março e abril a entrada de resíduos advindos da coleta seletiva diminuiu,
                  no entanto pelo acúmulo citado, essa queda de entrada de resíduos só foi sentida pelas Cooperativas
                  nos meses de maio e junho, que foram os meses nos quais ocorreram diversas reclamações pela
                  falta de resíduos. Outro fato importante a observar, é que nesses meses de reclamações, a eficiência
                  da segregação pelas cooperativas volta a aumentar, com a parcela de material reciclável superando
                  novamente a parcela de rejeitos encaminhada para o aterro sanitário, tabela 3.


                   Mês                        Porcentagem de Rejeitos         Porcentagem de Reciclável

                   Maio/2016                         48,88%                          51,12%
                   Junho/2016                        45,36%                          54,64%
                   Média Anual                       50,19%                          49,81%
                       Tabela 3: Eficiência de segregação dos resíduos provenientes da coleta seletiva nos meses de maio e junho de 2016.

                        Nos meses de maio, junho e julho a Prefeitura Municipal de Campo Grande e a Concessionária
                  responsável pela gestão, ampliaram os setores de coleta seletiva e os programas de educação
                  ambiental. Essas ações refletiram no aumento da quantidade de resíduos na UTR, que normalizaram
                  novamente a efetividade da segregação dos resíduos. Porém essa normalização foi novamente
                  alterada no mês da perícia (outubro/2016), que motivou uma melhor separação dos resíduos por
                  parte das cooperativas (tabela 4).



                   Mês                        Porcentagem de Rejeitos        Porcentagem de Reciclável
                   Julho/2016                        48,10%                          51,90%
                   Agosto/2016                       48,93%                          51,07%
                   Setembro/2016                     46,54%                          53,46%
                   Outubro/2016                      40,18%                          59,82%
                   Média Anual                       50,19%                          49,81%
                        Tabela 4: Eficiência de segregação dos resíduos provenientes da coleta seletiva nos meses de julho, agosto,
                        setembro e outubro de 2016.

                        Desta forma, conclui-se que é necessário tomar-se algumas precauções quanto à gestão de
                  trabalho na UTR. A primeira delas é definir padrões de procedimentos operacionais que  determinem
                  uma efetividade média de segregação de resíduos que chegam à unidade de triagem, seja por meio
                  de melhoramento das condições atuais ou aplicação de novas tecnologias. A segunda precaução é
                  tentar encontrar uma equação para balancear o número de catadores com a quantidade de resíduos
                  de entrada, pois nas condições atuais qualquer aumento de um desses fatores pode ocasionar falta
                  de resíduos ou queda na eficiência de triagem.



                  3.3. Capacidade de triagem


                        A partir de dados obtidos da Cooperativa Coopermaras, foi possível verificar a efetividade de
                  triagem pela Cooperativa e também de seus cooperados. Atualmente a Coopermaras consegue triar
                  em média 3,5 toneladas/dia e cada cooperado consegue triar 119 kg/dia. De acordo com Damásio



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