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3.2. Controles de entrada e saída de resíduos da UTR
Em análise a série de dados referentes a 1 ano de funcionamento da UTR, obtivemos os
seguintes resultados para o período: entraram na UTR 4.677 toneladas de resíduos advindos da coleta
seletiva, dos quais 2.347 toneladas (50,19%) foram recicladas e 2.330 toneladas (49,81%) enviados
para o aterro sanitário como rejeitos. Observando esses dados, mês a mês, verifica-se a entrada média
de 359,8 toneladas de resíduos, dos quais 180,5 toneladas (49,63%) são vendidas como recicláveis e
179,3 toneladas (50,37%) são encaminhados para o aterro sanitário como rejeito.
Contudo, um fator importante a ser considerado com essa série de dados maiores foi que a
execução da perícia motivou uma melhor segregação por parte das cooperativas, o que pode ser
constatado pelo aumento da eficiência de segregação do material reciclável, passando de uma média
de 50,19% para 55,94%.
A série de dados aqui descritas pode ser observada na Figura 7:
Figura 7: Controle de entrada e saída de resíduos da Unidade de Triagem de Campo Grande.
Avaliando esse gráfico é possível entender algumas premissas referentes à operação da UTR.
Primeiramente, destaca-se o acúmulo de material reciclável no pátio da UTR nos meses de dezembro
e janeiro, que além de ser um período de maior geração de resíduos recicláveis devido às festividades
de final de ano, é também o período em que as cooperativas entram em recesso. Esses fatores causam
uma queda na efetividade da segregação pelas cooperativas nos meses subsequentes, pois pelo fato de
terem maior quantidade de resíduos disponíveis no pátio da UTR, priorizam a segregação dos materiais
que apresentam maiores valores de venda. Nos meses de janeiro, fevereiro e março a parcela de rejeito
encaminhada ao Aterro Sanitário supera a parcela de recicláveis vendidos, chegando à expressiva
composição de 71,83% de rejeito e 28,17% de reciclável, como pode ser visto na tabela 2:
Mês Porcentagem de Rejeitos Porcentagem de Reciclável
Janeiro/2016 52,77% 47,23%
Fevereiro/2016 70,33% 29,67%
Março/2016 71,83% 28,17%
Média Anual 50,19% 49,81%
Tabela 2: Eficiência de segregação dos resíduos da coleta seletiva nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2016.
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